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Insuficiência venosa: quais os fatores de risco?

Postado em: 26/07/2021

Insuficiência venosa

A insuficiência venosa trata-se de um problema muito frequente na população. Ela costuma atingir mulheres e idosos. Sua principal característica é a incapacidade do corpo em manter um equilíbrio do fluxo sanguíneo que chega nos membros inferiores, podendo estar relacionada a obstrução do fluxo venoso.

Assim, dependendo do grau que atinge, pode ser altamente incapacitante, pois seus sintomas (sensação de peso e dor nas pernas, inchaço e formigamento), acabam atrapalhando as atividades do dia a dia do indivíduo portador.

Analogamente, o tratamento depende da gravidade da doença, podendo ser realizada por meio da administração de medicamentos e o uso de meias de compressão. Em casos mais graves, pode ser necessário cirurgia.

O que causa a doença?

Atualmente, apesar de existirem várias teorias a respeito do surgimento da insuficiência, não existe um consenso sobre sua origem exata. Contudo, sabemos que existem alguns fatores de risco e piora da doença, que podem ser facilmente identificados. 

Fatores de risco

Alguns desses fatores podem ser superados com mudança no estilo de vida. Outros não. Assim, entre os mais comuns, podemos citar:

Obesidade

Em síntese, o excesso de peso acaba sobrecarregando o sistema venoso. Em particular, o das pernas. Isso contribui para o aparecimento da dilatação venosa.

Sedentarismo

Como em todo e qualquer problema de saúde, a falta de exercícios físicos traz sempre problemas. Neste caso, o sedentarismo piora a circulação sanguínea,  aumentando a chance de problemas venosos.

Herança genética

Um histórico de parentes próximos com o problema, pode significar um risco maior de aparecimento da insuficiência venosa. Existe uma clara correlação genética e hereditária, de forma que, em pelo menos 70% dos casos, o indivíduo apresenta o problema.

Trabalho em pé

Profissões que necessitam longas jornadas em pé estão relacionadas a uma maior incidência de insuficiência venosa.

Idade

É nas idades mais avançadas que a insuficiência se apresenta com maior incidência.

Tabagismo

É de conhecimento público que o tabaco compromete as funções do sistema circulatório. Além disso, seu uso implica em maior risco para praticamente qualquer tratamento que venha ser proposto.

Gênero

Em suma, mulheres apresentam um maior risco de desenvolver o problema. Isto deve-se ao fato de apresentarem uma maior exposição aos fatores de risco.

Uso de sapatos de salto alto

O uso de salto alto diminui a mobilidade da musculatura posterior da perna (panturrilha), um importante mecanismo envolvido na circulação e retorno do sangue em direção ao coração. Caso a atividade diária for mais em posição sentada, o impacto é um pouco menor. Contudo, recomenda-se seu uso apenas em ocasiões especiais.

Trombose venosa

Em síntese, a trombose de grandes veias nos membros inferiores dificulta o retorno do sangue de forma temporária ou permanente. Além disso, essas veias podem sofrer um processo de degeneração das válvulas contidas em seu interior. Isto acaba sobrecarregando as veias mais abaixo, o que aumenta a chance de desenvolver a insuficiência venosa.

Como identificar a insuficiência venosa?

Geralmente, a insuficiência venosa é facilmente identificável a olho nu. Assim, na maioria dos casos, o próprio paciente faz seu diagnóstico. Ao médico responsável, cabe a confirmação do diagnóstico e a indicação de exames complementares que complementarão o mesmo.

Quais são os exames mais realizados?

A princípio, o exame mais utilizado é o ultrassom com Doppler do sistema venoso dos membros inferiores. Trata-se de um exame indolor, que não utiliza contraste ou radiação. Em casos excepcionais podem ser necessários exames mais complexos como a tomografia computadorizada e ressonância magnética nuclear.

Como é o tratamento para a insuficiência venosa?

Antes de mais nada, vale salientar: a escolha do tratamento depende do tipo de veia, da condição clínica do paciente, da localização e extensão do problema na veia, além da expectativa a respeito do tratamento.

Métodos conservadores (sem cirurgia), não curam ou previnem os problemas existentes nas veias. Eles costumam ajudar a aliviar os sintomas como dor, inchaço, coceira e peso nas pernas. Entre os mais indicados está o uso de meias elásticas e/ou o uso de medicamentos flebotônicos, sempre com orientação médica.

Os tratamentos invasivos incluem a cirurgia e a escleroterapia(secagem das veias). 

Assim, os tratamentos efetivos, que apresentam técnicas singulares, são:

  • Ablação química: também conhecida como secagem, trata-se da injeção de uma substância líquida ou em forma de espuma dentro do vaso ou veia doente. Esta substância faz com que o vaso oclua e não promova mais sintomas ou dilatações em outras veias.
  • Cirurgia Convencional: é o método mais praticado no Brasil. Na cirurgia, as veias doentes são retiradas através de pequenas incisões na pele. Todo procedimento é realizado no centro cirúrgico. O tempo de permanência hospitalar, geralmente,  é de apenas um dia.
  • Termoablação: trata-se de um método recente no Brasil. É muito utilizado nos EUA, Canadá e Europa de forma geral. Neste método, uma fibra de endolaser é introduzida na veia do doente, através de um acompanhamento ultrassonográfico. Após, dispara-se uma quantidade controlada de energia que oclui a veia em questão. Permite a realização apenas com anestesia local.

Depois do tratamento, a doença pode retornar?

Sim. Ainda mais quando o paciente possui algo relacionado à genética e aos fatores de risco citados anteriormente. Assim, é comum que a doença volte a aparecer, mesmo após um tratamento bem sucedido.

Dessa forma, recomenda-se que se faça uma avaliação de tempo em tempos e que o tratamento seja o mais precoce possível, diminuindo as complicações e também para se obter um melhor resultado estético. Ou seja, algo contínuo. Além disso, deve-se evitar os fatores de risco modificáveis como o sedentarismo, obesidade, etc.

Ainda tem dúvidas sobre o assunto? Entre em contato conosco!

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