Cirurgia de vasectomia: saiba como funciona e os cuidados pós-cirúrgico
Postado em: 23/10/2020
A vasectomia é um procedimento cirúrgico através do qual o médico urologista realiza a ligadura dos diferentes condutores que levam os espermatozoides desde os testículos até o condutor da urina, a uretra.
Ou seja, com essa técnica é interrompida a passagem dos espermatozóides, impedindo assim a gravidez.
Atualmente, a vasectomia pode ser realizada com incisão ou sem o corte do bisturi, e a internação é ambulatorial já que a anestesia aplicada nos pacientes é local. Dependendo do caso, pode haver algum procedimento extra de sedação.
Como é realizada a vasectomia?
A vasectomia pode ser feita através da intervenção com bisturi, com duas pequenas incisões no escroto, eliminando um pedaço dos ductos deferentes de cada lado. Logo, cada incisão é fechada com um ou dois pontos de sutura absorvíveis.
Contudo, existe ainda uma outra técnica, desenvolvida em 1974 pelo médico chinês Li Shunquang, que não utiliza o bisturi. Sendo assim, dá para fazer a vasectomia por:
- Uma punção pequena para o acesso a ambos condutores;
- Cauterização ou ligadura dos tubos.
Esse pequeno orifício cicatriza rapidamente, sem sutura e sem cicatrizes. E as duas intervenções duram apenas cerca de 15 a 20 minutos .
Quais são os cuidados pós-cirúrgicos?
Assim como em qualquer procedimento cirúrgico, a vasectomia também requer alguns cuidados. Em caso de intervenção com bisturi, as recomendações são simples:
- Repouso por 48 horas, sem a realização de esforços bruscos;
- Curativo diário da ferida, por 10 dias, com solução iodada;
- Uso de suspensório genital;
- Evitar relações sexuais.
O urologista ainda deve recomendar que o paciente vasectomizado mantenha, durante três meses após a intervenção, os métodos anticoncepcionais prévios, ou até que o profissional o indique.
Após esse tempo, realiza-se um espermograma de controle para confirmar que não há espermatozóides no sêmen.
O que é importante saber sobre a vasectomia
Apesar de existir uma intervenção que une novamente os ductos deferentes, a taxa de sucesso costuma ser baixa. Sendo assim, a decisão de fazer e reverter a vasectomia deve ser bastante pensada.
Um outro ponto relevante que deve ser considerado é que a vasectomia não evita o contágio de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), pois o sêmen ainda pode transportar infecções e doenças, mesmo que não carregue mais os espermatozóides.
Artigo escrito pelo Dr. Daniel Cernach Ayres