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Transplante Cardíaco: saiba como é feita a substituição do coração

O transplante cardíaco nada mais é que a substituição do órgão coração por outro, em casos onde o doador tenha sofrido morte cerebral e que tenha compatibilidade com o paciente a recebê-lo, evitando que a doença do coração atual evolua para óbito desse paciente.

Logo, o transplante cardíaco é realizado em casos que as doenças cardíacas sejam graves, que coloquem em risco a vida do paciente e que outras alternativas de tratamentos não tenham sido eficazes, ou que ainda não existam além da substituição do órgão.

Quando uma pessoa precisa de um transplante cardíaco?

O transplante cardíaco é indicado nos casos que os tratamentos e medidas clínicas anteriores não tenham atingido o sucesso esperado, até então, e que a expectativa de vida do paciente esteja entre 6 meses e 2 anos.

A insuficiência cardíaca congestiva é quando o coração não realiza o bombeamento de sangue que atenda as necessidades de órgãos, tecidos do organismo, que pode agravar para uma arritmia cardíaca, outra grave complicação que afeta a vida do paciente.

Muitas são as causas da insuficiência cardíaca, dentre elas podemos destacar:

  • Doença arterial coronariana (DAC);
  • Ter sofrido anteriormente de ataque cardíaco (infarto do miocárdio);
  • Hipertensão (pressão alta);
  • Doenças das válvulas cardíacas (valvulopatias);
  • Cardiopatias congênitas (doenças cardíacas identificadas desde a gestação);
  • Cardiomiopatia (coração com músculos aumentados);
  • Infecção do endocárdio e miocárdio;
  • Doença de chagas;
  • Pacientes com Diabetes.

A saber, o transplante cardíaco pode ser indicado para todas as faixas etárias, o que vai depender do estado de saúde de outros órgãos do paciente, como o cérebro, rins e fígado, já que estes não podem estar comprometidos, evitando complicações após o transplante.

Como é feito o transplante cardíaco?

O transplante cardíaco é feito há muito tempo, e seu primeiro registro no Brasil foi no Hospital das Clínicas, em São Paulo, em maio de 1968, que desde então, muitas pesquisas são realizadas com o intuito de aprimorar a técnica e até mesmo as condições dos pacientes que aguardam um doador para transplante.

O transplante cardíaco é feito por uma equipe médica em um centro especializado para tal procedimento, pois é de alto nível de complexidade.

Encontrado um doador compatível, o paciente será avisado e preparado imediatamente para receber o novo coração, realizando exames cardiológicos, assim como, o órgão do doador passará por algumas avaliações prévias, a fim de garantir bons resultados no transplante.

A cirurgia é feita sob anestesia geral aplicada no paciente, que será feito um corte no peito, ligando seus órgãos a um equipamento chamado de coração-pulmão, que fará o trabalho de bombear o sangue durante o transplante.

Em seguida, é feita a remoção do coração fraco e substituído pelo coração do doador, que será suturado e por fim, fechando a abertura do tórax.

Após o transplante cardíaco, que leva em torno de 3 a 5 horas, o paciente é transferido primeiramente para a UTI e, depois de alguns dias, para o centro de tratamento intensivo por mais ou menos um mês, e que ali, ficará sob cuidados de médicos, enfermeiros e monitoramento por dispositivos que vão avaliar a parte cardíaca.

Contraindicações para o procedimento

Alguns fatores impedem que o paciente entre na lista de espera do transplante, já que certas condições podem ser fatais tanto para o procedimento cirúrgico quanto para o sucesso do transplante. Dentre elas estão:

  • Idade avançada; 
  • Pacientes com Hipertensão Pulmonar;
  • Obesidade;
  • Tumores malignos como linfomas e leucemia. Exceto no caso de doença dermatológica, como o câncer de pele não melanomas e câncer na próstata, com autorização de um oncologista;
  • Infecções crônicas como hepatite B ou C, exceto quando não houver presença de cirrose ou alguma malignidade no fígado;
  • Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV); 
  • Doenças sistêmicas associadas à cardiomiopatia e insuficiência cardíaca em grau avançado.

Em casos que as doenças e condições sejam reversíveis, o paciente que precisa de um transplante cardíaco poderá entrar na fila de espera após comprovação médica de que sua situação se enquadre no perfil para receber o novo coração.

Nestes casos, uma avaliação de uma equipe médica multidisciplinar pode ser fundamental para a aprovação do paciente para o transplante.

Riscos do transplante de coração

Os riscos do transplante de coração são a rejeição grave do órgão pelo corpo e as infecções causadas como respostas do sistema imunológico ao novo coração.

Entretanto, a rejeição é um processo natural do corpo, em que o acompanhamento e identificação precoce da condição evitam que o novo órgão seja prejudicado, e para isso, é feito uma biópsia cardíaca, periodicamente, desde a primeira semana do transplante até um ano depois, com intervalos indicados pelo médico.

Benefícios do transplante de coração

A expectativa de vida é, sem dúvida, um dos maiores motivadores para o transplante do coração, uma vez que cerca de 72% dos pacientes aumentam para aproximadamente 5 anos e alguns, cerca de 20%, podem viver 20 anos a mais. 

Considerando ainda o tempo de espera para um doador de coração, que varia entre cada estado, e em São Paulo, a média é de 12 a 18 meses, sob cuidados intensivos e situação emocional delicada. E ao saber da possibilidade do transplante e de um doador compatível, o benefício é poder retomar a vida, de onde ela parou, gerando motivação no paciente.

Recuperação após a cirurgia de transplante cardíaco

A recuperação após a cirurgia de transplante cardíaco é cheia de cuidados e orientações que acompanharão o paciente por um longo período, e alguns durante toda a vida.

E os cuidados incluem:

  • Uso de medicamentos  imunossupressores (que evitam a rejeição);
  • Alimentação equilibrada, com pouco sal e todos os alimentos cozidos;
  • Atividade física regular orientada pelo médico;
  • Ingestão de água mineral;
  • Dieta pobre de gorduras e colesterol;
  • Cuidados com os raios ultravioletas do sol;
  • Higiene corporal e bucal.

A liberação para as atividades diárias como retorno ao trabalho, viagens e dirigir automóvel será feita de maneira planejada, que em geral, leva de 3 a 6 meses após o transplante.

Isso porque, espera-se que durante a recuperação o paciente esteja forte e emocionalmente equilibrado para a retomada da vida normal, com a consciência de que certos hábitos terão de ser substituídos, a fim de garantir a longevidade esperada com o novo coração.
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