Você já ouviu falar em LER? Em suma, trata-se de uma das principais causas de afastamento do trabalho e prejuízos financeiros. Você sabia disso? Nesse sentido, vamos entender melhor como essa condição afeta sua qualidade de vida e como evitá-la!
Afinal, o que é LER?
Antes de mais nada, dados do Ministério da Saúde apontam para o aumento de casos de LER nos trabalhadores brasileiros: nos últimos dez anos, aumentaram 184%! Embora essa condição seja muito frequente, ainda há muita confusão a seu respeito. A princípio, pelo fato de ela não ser uma doença propriamente dita.
Em síntese, trata de várias condições que atingem o nosso sistema musculoesquelético (formado por nervos, músculos, ossos e tendões). A sigla LER, significa Lesão por Esforço Repetitivo.
Dessa forma, ela é toda lesão causada por movimentos repetitivos, incluindo digitação, má postura, tocar piano, dirigir, algumas atividades físicas que exigem muito esforço, entre outros. Ela abrange um conjunto de doenças, das quais:
- Tendinite (especialmente de punho, cotovelo e ombro);
- Cotovelo de tenista (epicondilite lateral);
- Bursite;
- Síndrome do túnel do carpo;
- Lombalgia (dor na região lombar);
- Mialgia (dores musculares).
- Dedo em gatilho.
Dessa forma, seus sintomas variam de pessoa para pessoa. Você pode ter o mesmo tipo de LER, mas apresentar sintomas diferentes que outras pessoas!
Quais são os principais sintomas da LER?
Embora os sintomas da LER possam aparecer em qualquer parte do nosso corpo, eles são mais comuns nos nossos membros superiores. Assim, entre os principais, podemos citar:
- Dor (a principal e mais comum);
- Dormência;
- Formigamento;
- Sensação de choque ou agulhadas;
- Perda da sensibilidade;
- Fraqueza para segurar objetos.
Lembre-se que a LER pode atingir qualquer pessoa que faça determinado movimento repetitivo.
Por fim, apesar de ter diversas causas, aqui no Brasil a maioria está diretamente relacionada com o ambiente de trabalho. Contudo, vale salientar que não devemos entender a LER como uma doença ocupacional!
Existe tratamento para a LER?
Em suma, o tratamento para as condições de LER variam bastante de acordo com a origem e a natureza dos sintomas. Dessa forma, pode incluir muitas opções terapêuticas, das quais:
- Repouso da região afetada;
- Uso de medicamento e analgésicos para alívio da dor;
- Aplicação de corticóides injetáveis no local da lesão;
- Imobilização com o uso de gesso, coletes, talas e cintas, para acelerar a recuperação;
- Em casos extremos, cirurgia;
- Sessões de fisioterapia;
- Correção e adaptação do ambiente de trabalho.
Além disso, é importante dizer que todos os sintomas da LER podem ser causados por infecções, alterações hormonais, transtornos emocionais e problemas reumáticos.
Existe algum modo de prevenir a LER?
A LER não é considerada uma fatalidade: antes de tudo, ela é um acidente resultante de práticas e hábitos que agridem o corpo. Assim, a prevenção da condição depende tanto de ações individuais bem como da empresa, de modo a garantir o bem estar dos colaboradores!
A princípio, entre as principais recomendações para evitar a LER, podemos citar:
- Utilize sempre apoios ergonômicos para suas atividades. Por exemplo, apoio para os punhos durante a utilização de um computador;
- Faça pausas durante a execução do seu trabalho! Isso inclui caminhada e alongamentos;
- Nesse sentido, deixe sempre o monitor na altura dos seus olhos. Isso evita que você force seu pescoço para baixo;
- Dobre sempre seus joelho para erguer objetos pesados do chão;
- Quando for executar algum movimento repetitivo, faça sempre pausas de 5 minutos a cada 25 minutos de trabalho;
- Procure ter um estilo de vida saudável;
- Pratique exercícios físicos regulares;
- Intercale sempre o uso de eletrônicos. Aprenda dar pausa também;
- Por fim, e não menos importante: respeite sempre os limites do seu corpo e da sua mente!
O trabalhador com dor é portador de LER?
Na verdade, não. Todos os sintomas citados acima podem ser decorrentes de diversas condições não relacionadas necessariamente à LER. Dessa forma, existem muitos outros problemas reumáticos, biológicos e hormonais que podem ser responsáveis por essas dores.
Portanto, para todo e qualquer problema relacionado, procure sempre um especialista ou uma clínica para te ajudar com qualquer dúvida. Eles podem realizar um diagnóstico seguro, evitando que você desenvolva mais problemas associados à condição.
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